O Relatório de Investimentos da Eletros traz mensalmente um resumo do cenário econômico mundial e brasileiro, uma breve análise e perspectivas futuras na Palavra do Gestor e a prévia dos resultados financeiros dos planos.
Cenário Econômico
Cenário Externo
A recuperação dos ativos de risco no mês de junho foi um pouco mais contida por conta do aumento de casos confirmados de COVID19 em alguns estados norte-americanos, gerando dúvidas nos investidores em relação a possibilidade de uma segunda onda de contágio. Por outro lado os EUA apresentaram recuperação considerável nas vendas de varejo e a volatilidade de mercado medida pelo VIX voltou aos patamares anteriores à crise, como podemos ver no gráfico abaixo. Outro fator que começa a ser debatido é a eleição norte-americana em outubro, com as pesquisas apontando vitória de Biden sobre Trump em diversos estados.
Cenário Interno
Em junho o COPOM decidiu por reduzir a taxa Selic para 2,25% a.a., deixando em aberto mais um corte residual para a próxima reunião. Ligada à redução constante da taxa Selic nos últimos anos, vimos um aumento considerável de pessoas físicas ingressando na bolsa de valores brasileira, sustentando sua recuperação nos últimos meses. No âmbito político, tivemos a importante aprovação do marco do saneamento no Senado e a aproximação do governo com o Centrão, aumentando as esperanças do mercado de aprovação de reformas importantes para o crescimento econômico.
Palavra do Gestor
No mês de junho as rentabilidades dos Planos administrados pela Eletros continuaram a se recuperar. Mais uma vez, da mesma forma de abril e maio, o segmento que teve a melhor rentabilidade foi o da renda variável que obteve uma variação de 9,0% (IBrX), rendendo bem mais do que o mercado acionário americano 1,8% (S&P 500). O excesso de liquidez Global, a queda acentuada do risco de mercado (VIX-Gráfico acima a esquerda) e queda da taxa Selic para 2,25% ao ano promovendo uma busca por ativos de risco por parte das pessoas físicas (Gráfico acima a direita) levaram a valorização da bolsa de valores brasileira. Sem dúvida, vivemos um momento atípico. Essa é a primeira crise econômica pela qual passamos que, mesmo com o aumento expressivo do gasto público, temos um processo deflacionário. Nesse sentido, mesmo com as contas públicas muito piores, assistimos a uma taxa de juros projetada para 12 meses, bem abaixo da inflação projetada para o mesmo período. É isso mesmo, estamos com juros reais negativos! Os dividendos projetados das empresas negociadas em Bolsa de Valores, pela primeira vez na história, é superior a taxa de juros nominal projetada. Esse “Novo Mundo” em que o Brasil vive tem levado os investidores a procurar por ativos de risco. Se por um lado, estamos com uma das piores crises econômicas desde o advento do Plano Real (maior queda do PIB brasileiro prevista para 2020 e piora significativa das contas públicas), por outro, o excesso de liquidez global, associado a baixa taxa de juros, tem levado a uma recuperação fantástica do preço dos ativos de risco. Por isso, temos que acompanhar de perto a avaliação dos agentes econômicos sobre essas questões (Elevada liquidez x Deterioração das Contas Pública x Andamento das Reformas Econômicas).
Variáveis Chaves
IBrX 100 + 9,0% | A bolsa de valores seguiu sua recuperação no mês com a expectativa de retomada global da economia.
Real/Dólar + 0,3% | O Real se valorizou em relação ao dólar, em um movimento de maior apetite à risco dos investidores estrangeiros, cotado no fechamento do mês a R$ 5,32.
Risco Brasil CDS - 26 pts | O Risco Brasil caiu com a perspectiva de melhora das condições financeiras, fechando junho a 256 pontos.
Standard & Poor's 500 + 1,8% | O índice acionário dos EUA seguiu sua recuperação no mês com a expectativa de abertura gradual da economia e já se encontra novamente perto de sua máxima histórica, cotado a 3100 pontos.
Barril de Petróleo + 10,6% | O barril WTI fechou o mês em forte alta cotado a U$39,2, com a expectativa de novos cortes de produção dos países da OPEP.
Relatório de resultado por plano
Conheça a Política de Investimentos 2020 dos planos geridos pela Eletros.