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O Relatório de Investimentos da Eletros traz mensalmente um resumo do cenário econômico mundial e brasileiro, uma breve análise e perspectivas futuras na Palavra do Gestor e a prévia dos resultados financeiros dos planos.

Cenário Econômico

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Cenário Externo

Em setembro, os mercados performaram abaixo do esperado com notícias de casos crescentes de COVID-19 na Europa e dificuldade no andamento do pacote fiscal nos EUA. A possibilidade de novos “lockdowns” em diversas cidades europeias fez com que os agentes de mercado buscassem ativos mais seguros, como o ouro e o dólar no período. Por outro lado, o barril de petróleo se desvalorizou no mês com o receio de demora da retomada econômica na Europa e nos EUA. O impasse no pacote fiscal norte-americano também segue como assunto recorrente na mesa dos investidores, com a pauta estagnada no Congresso. Com isso, o mercado já precifica que o pacote não deve ser aprovado antes das eleições que ocorrerão em novembro.

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Cenário Interno

O desempenho do mercado local foi ruim, acompanhando o mercado externo. A grande discussão do momento é em torno do Programa Renda Cidadã e da extensão do Auxílio Emergencial para 2021. Com a relação dívida bruta/PIB do país se aproximando de 100% e uma pressão constante de parte do governo pelo rompimento do teto de gastos os ativos de risco, tais como os títulos públicos mais longos e o Ibovespa, se desvalorizaram no mês de setembro. Monitorando também o risco fiscal e a inflação mais elevada no curto prazo, o Banco Central decidiu por manter a taxa Selic em 2% a.a. em sua última reunião.

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Palavra do Gestor

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No mês de setembro, apresentamos rentabilidades negativas nos nossos Planos. O segmento que apresentou a pior rentabilidade foi o da renda variável, que obteve uma variação de -4,6% (IBrX), rendendo menos que o mercado acionário americano, que se desvalorizou -3,9% (S&P 500) no período. Adicionalmente, o risco Brasil (medido pelo CDS) piorou, subindo +34 pontos.

 

No cenário internacional, assistimos a uma piora das condições financeiras. A expectativa de uma retomada mais lenta das economias globais, a elevação do número de infectados pela COVID-19 (risco da segunda onda), a dificuldade da aprovação do pacote de estímulo fiscal nos EUA e o seu processo eleitoral conturbado, elevaram as incertezas dos agentes econômicos. Nesse contexto, depois de assistirmos, no mês de agosto, os índices acionários americanos baterem recordes sucessivos, no mês de setembro, vimos os preços dos ativos de risco caírem de forma expressiva.

 

No Brasil, a situação foi ainda mais peculiar. Com pronunciamentos contraditórios do Presidente da República, seus Ministros (Economia e Desenvolvimento Regional), presidentes da Câmara e do Senado e o relator do orçamento brasileiro em relação as despesas públicas, teto dos gastos, Renda Brasil, Renda Cidadã, etc., os agentes econômicos ficaram perdidos. A elevação do risco Brasil reflete exatamente essa falta de direção e a dificuldade que temos em conseguir gastar menos do que arrecadamos.

 

Ressaltamos que esse desequilíbrio vem de longa data, entretanto, a elevada despesa nesse ano, por conta da pandemia, agravou ainda mais esse desequilíbrio. Nesse contexto, as reformas estruturantes são fundamentais e urgentes. Por outro lado, se não caminharmos nessa direção, assistiremos a uma deterioração das variáveis macroeconômicas e uma piora significativa do preço dos nossos ativos.

Variáveis chave

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IBrX 100 -4,6% | A bolsa de valores acompanhou o mercado internacional e caiu no mês de setembro com a piora das condições financeiras globais e a questão fiscal brasileira.

Real/Dólar -2,1% | O Real se desvalorizou em relação ao Dólar, em um movimento semelhante ao visto no mercado acionário brasileiro.

Risco Brasil CDS +34pts | O Risco Brasil subiu com a elevação da relação dívida bruta/PIB, fechando setembro com 250 pontos.

Standard & Poor's 500 -3,9% | O índice acionário dos EUA caiu com a dificuldade de andamento do pacote fiscal no congresso norte-americano, cotado a 3393 pontos.

Barril de Petróleo -5,60% | O barril WTI fechou o mês em queda, cotado a U$39,2, com o receio de demora na retomada das economias, dada a segunda onda de COVID-19 em alguns países.

Relatório de Resultados por plano

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